O Gōjū-Ryū, nascido em Okinawa, foi estruturado por Chōjun Miyagi, combinando influências do Naha-Te, aprendido com seu mestre Kanryō Higaonna, e técnicas do boxe chinês. O nome Gōjū-Ryū — que significa "estilo duro e suave" — reflete a filosofia de equilíbrio entre força e flexibilidade. Após a morte de Miyagi, vários discípulos continuaram seu legado, e diferentes escolas surgiram para preservar esse sistema, entre elas o Gōjūkai, fundado por Gōgen Yamaguchi.
Gōgen Yamaguchi, conhecido como "O Gato", modernizou e difundiu o Gōjū-Ryū, fundando a International Karatedo Gojukai Association (IKGA). Através do Gōjūkai, Yamaguchi trouxe não só ênfase no treinamento físico, mas também uma dimensão espiritual inspirada por princípios zen. Sob sua liderança, o Gōjūkai se expandiu globalmente, tornando-se uma das linhagens mais respeitadas do karatê.
No Brasil, o Gōjūkai se consolidou por meio de mestres como Seiichi Akamine e Takeo Yamaguchi, que estabeleceram associações e treinaram novos praticantes. A tradição se manteve viva através de torneios, seminários e exames, garantindo que o estilo permanecesse relevante no cenário marcial brasileiro.
Ryuzo Watanabe nasceu em Fukushima, Japão, em janeiro de 1923. Emigrou para o Brasil com sua família em 1929 e se dedicou às artes marciais, incluindo jiu-jitsu, Kendô, e Judô. Aos 37 anos, descobriu o karatê, que se tornou sua paixão. Após superar desafios para treinar, tornou-se Diretor da Associação Brasileira de Karatê em 1963, Vice-Presidente em 1964, e Presidente da Associação Cultural de Karatê em 1965. Watanabe também liderou outras organizações de karatê e foi Vice-Presidente da I.K.G.A. Ele fundou oficialmente a Goju-Ryu em São Paulo em 1975 e promoveu o estilo em todo o Brasil e América do Sul. Mesmo enfrentando problemas de saúde, Watanabe continuou a inspirar outros praticantes de karatê até sua morte em dezembro de 1998.
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